STF abre inquérito contra Negromonte Júnior por suspeita de caixa dois
Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados |
Segundo os ex-executivos da Odebrecht José de Carvalho Filho e Luiz Eduardo da Rocha Soares, que firmaram acordo de delação no âmbito da Operação Lava Jato, foram doados R$ 110 mil a Negromonte Júnior para sua campanha de 2014, mas os documentos entregues apontam repasse de R$ 200 mil –o que seria indício de caixa dois.
"Ao lado disso, foram verificados pagamentos oriundos da Cervejaria Petrópolis S.A. que, segundo o órgão acusatório, figuraria como intermediária entre pagamentos ilícitos e candidatos a cargos públicos, fatos que, na ótica do Ministério Público, demandam esclarecimentos", diz o despacho de Fachin.
Em dezembro de 2015, o antigo relator da Lava Jato no STF, Teori Zavascki, já havia autorizado abertura de investigação sobre o parlamentar, sob suspeita de recebimento de recursos desviados da Petrobras. Negromonte Júnior é filho do ex-ministro das Cidades Mário Negromonte.
A abertura dos inquéritos não implica culpa dos investigados. A partir da decisão, os investigadores e os advogados apresentam provas para determinar se há indício de autoria do crime ou não.
Depois disso, o Ministério Público decide se apresenta uma denúncia ou pede o arquivamento do inquérito. Se a denúncia for apresentada e aceita pelo Supremo, o investigado se torna réu e passa a ser julgado pelo tribunal.
Folha de S. Paulo
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